TRAGÉDIA DA TIRADENTES,



Fico aqui imaginando: de repente, estou andando, indo ao trabalho ou chegando nele e...e me lembro de um trecho do discurso do gênio Steve Jobs, quando ele diz que temos que viver todos os dias como se fosse o último. E quando será esse último? Diante de tantas fatalidades que nos assolam, fica impossível prever. Mas não podemos rotular como fatalidade a tragédia da Praça Tiradentes. Mais uma vez, o jeitinho brasileiro, ao qual estamos tão acostumados - tem gente que se orgulha - , causou vítimas. Ainda bem que não foi uma hora mais tarde. Caso contrário, teríamos um número maior de pessoas feridas e mortas. A exemplo do que aconteceu com o bondinho de Santa Teresa, a falta de condição de funcionamento do bonde e do estabelecimento ficou relegada a segundo plano, como se os riscos não existissem. Não sei se eram mínimos, mas fico pensando quantos lugares não estão na mesma situação.  Parece que estamos vivendo dentro daqueles games, sem controle, da última feira que rolou. Tipo: cuidado com o bueiro, abaixa que vem bala perdida, bandido na próxima esquina, olha o carro desgovernado - escolha com bêbado ou menor ao volante - , policial corrupto no batalhão, olha o prédio explodindo, o morro caindo, miseráveis no lixão. E o pior é que a cada dia, os pontos acumulados não valem nada, só ás vezes, que um piloto imprudente dá mole numa farra qualquer e político vira gente e morre no mar. Fora isso, é bom viver cada dia como uma partida de fliperama: ganhar ou perder, pode ser a última. Então viva como se fosse morrer.
















Explosão Centro Rio

"Ensaio Sobre a Beleza" - reportagem