DESORGANIZAÇÃO E FILAS MARCAM O ROCK IN RIO



A primeira noite do Rock in Rio 2011 foi sem dúvida sucesso de público, mas não de organização. Os artistas supriram bem essa carência com shows incríveis, principalmente as tão aguardadas atrações internacionais. Kate Perry, Elton John e Rihanna trouxeram seus sucessos e performances maravilhosas. Mais de 100 mil pessoas passaram pela cidade do rock em seu primeiro dia.


Para aqueles que seguiam rumo à cidade do rock, saindo da zona sul, a melhor opção seria a integração metro/barra expresso. No entanto, a fila era enorme e várias pessoas tinham que esperar muito tempo para conseguir embarcar. Dentro do ônibus, em meio a muitas pessoas sentadas ou em pé, era preciso disposição para enfrentar o engarrafamento no final do Leblon. No Terminal Alvorada, os ônibus saiam a todo momento para o local do evento. Contudo, o reforço da frota não foi suficiente, já que muitos dos motoristas desconheciam o caminho e precisavam de ajuda dos passageiros.

Para chegar ao local dos shows, os visitantes deveriam caminhar um trecho de 10 minutos, aproximadamente, em meio a muito cheiro de esgoto, que exalava das águas que cortavam o caminho.

A revista para adentrar era apenas uma simples passagem em um detector de metais manual. As bolsas não eram revistadas. Na hora da entrega dos ingressos, as carteirinhas de estudantes não eram conferidas, em caso de meia entrada.

O clima para quem chegava, já com os show em andamento, era tenso, porque todos já sabiam sobre os arrastões que aconteciam durante o evento. O policiamento dentro da "Cidade do Rock" não era visível. Havia poucos homens entre a multidão de milhares de pessoas.


Na "Cidade do Rock", as pessoas se alternavam pelo palco Mundo e o Sunset. Alguns preferiam os brinquedos como a roda gigante ou mesmo um simples passeio pela Rock Street. A cidade cenográfica de Nova Orleans era um show a parte. Entre mágicos, malabaristas e até caricaturistas, o ambiente abrigava os comércios que atraiam muitos visitantes. As "praças de alimentação" eram outro caos. Filas intermináveis se estendiam pelos diversos estabelecimentos. Era preciso paciência para aguentar a maratona que podia ultrapassar mais de uma hora para conseguir comer algo.


No final, a volta para casa prometia ser mais uma aventura. Da "Cidade do Rock" para o Terminal Alvorada foi rápida e satisfatória. Porém, do Terminal em diante, era preciso paciência para embarcar, devido à falta de sinalização indicativa de qual ônibus pegar. Mesmo com o veiculo cheio, eles não seguiam viagem, por ter horário a cumprir.

Douglas Lima - Colaborador